sexta-feira, julho 30, 2010

O Mestre Vampiro - Parte VI



O corredor estava escuro e estreito, ninguém ouviria os passos dos pés pequenos e delicados da garota sobre o piso de madeira, ajustou o roupão sobre o corpo bem feito e suspirou nervosa parando na frente do quarto de seu mestre, Henrick.
Sentia o coração batendo depressa, e riu sozinha, parecia que havia voltado a ser uma humana tola. Não era momento pra fraqueza, fechou os olhos, e contou devagar:
- Um... Dois... Três... E já.
Assim que chegou ao fim da contagem, tomou coragem e abriu a porta que quase nunca ousará abrir sem permissão dele, deu alguns passos pra frente e começou a observar encantada o dormitório de Henrick. Era extremamente bem feito. Largas e grossas cortinas negras evitavam que a luz solar entrasse e dava um ar mais gótico ao quarto que parecia ter saído de um livro do século XVIII. Suspirou e fitou a cama enorme, no centro do quarto, toda em vermelho-sangue, ao lado esquerdo, seu caixão e ao direito um armário médio, restaurado. O Ambiente estava muito escuro, Henrick não estava lá. Provavelmente estava fazendo mais uma vitima. Gabrielle sorriu a fitar um móvel em especial.
 A noite estava extremamente sombria, Henrick entortou os lábios finos enquanto caminhava por uma rua pouco movimentada, acabará de matar um homem, um qualquer da rua, o sangue dele ainda estava em sua boca. Toda a noite era igual, fazer mais uma vitima e botar fogo no corpo. Lucius estava cansado do tédio e da monotonia que era sua vida, mas havia se acostumado com ela e não estava pronto pra abrir mão. Por um momento ou dois durante aquela caminhada, lembrou-se da serva e pupila. Dos lábios dela... Balançou a cabeça negativamente, rindo com si.
- Uma bela criança com gosto do pecado... – sussurrou enquanto abria a porta de casa, depositou a carteira, o relógio e uma aliança de ouro da vitima que fizera sobre a estante da sala de estar. Jogou o casaco de couro em cima do sofá e subiu apressado as escadas, precisava urgentemente de um banho, abriu a porta e não se preocupou em acender as luzes, já foi rapidamente levando as mãos a camisa e retirando-a por completo. Chegou perto do guarda-roupa e a dobrou, colocando-a lá, repentinamente ouviu uma risada e se virou, pronto pra um ataque, os dentes cresceram e sua fera bestial também.
- Quem está ai?
Usou de sua visão privilegiada e encontrou Gabrielle deitada sobre o divã que tinha no canto do quarto, as pernas estavam dobradas e ela estava com a mão sobre o queixo. Como se demonstrasse cansaço ao esperar, o corpo dele tremeu, se aproximou sendo firme:
- O faz aqui Gabrielle? Esta proibida de entrar no meu quarto, eu já não te disse isso?
A risada da garota aumentou, causando uma completa raiva em seu mestre.
Calmamente ele se sentou na cama e começou a tirar as botas, perguntando, evitando de olhar pra ela:
- O que quer aqui?
Ela sorriu, se colocando de pé, Henrick pode sentir o delicado cheiro dela, e fechou os olhos em deleite, a observou se ajoelhar perante si com um sorisso diabólico na face.
As mãos femininas iam em direção aos pés de Henrick, ajudando-o a retirar as botas surradas, satisfeito e excitado ao mesmo tempo, o vampiro colocou ambas mãos pra trás, enquanto a observava com submissão retirar as botas dele.
- Estou aqui pra te servir Mestre... Como sempre... – ela disse meiga, retirando a bota e colocando ao lado da outra no chão, fitou-o por baixo e se levantou, encarando-o por vários segundos, inclinado sobre a cama. Levou a mão ao roupão, vendo um sorisso sagaz surgi na frase do Vampiro. Mas perguntou provocante:
- Quer ver o que tem por trás desse roupão?
Ele não conseguia falar, não agora que o tesão o dominava, apenas balançou a cabeça positivamente. Sempre sonhou em tê-la na cama, sempre sonhou em possuir aquele corpo de anjo, mas sempre se conteve por medo dela se rebelar contra ele, e assim, descontava sua frustração em outras vampiras ou prostitutas.
A fita negra de cetim foi desfeita da cintura de Gabrielle, mostrando a camisola minúscula e negra que usava... O decote largo e delicado... A corrente de ouro que ele havia lhe dado com um Ankh como pingente entrava por meio dos seios da garota. Henrick não conseguia dizer absolutamente nada, estava encantado demais com a visão, será que não estava sonhando? Pensou enquanto fixava o olhar no corpo da pupila. Riu, quebrando o silêncio:
- Eu fiz um belo trabalho não? Olha só a Vampira que se tornou...
Gabrielle Riu, dizendo enquanto subia em cima dele sobre a cama:
- Hoje está sendo minha vitima... Hoje terá que fazer tudo que eu mandar pra me possuir... Sinto muito, Henrick. Hoje você é a Vitima do seu próprio desejo.
Finalizou algemando o pulso dele a cama. 


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