quinta-feira, novembro 24, 2011

Caminho para a Eternidade - Parte VII



Meg levou a mão na cintura, enquanto se apoiava no cavalo com a outra mão, depositando parte do peso do corpo no do cavalo, mantendo-se ereta.
- E acha que devo confiar em você, majestade? – A jovem questionou, desviando o olhar para o céu escuro.
Repentinamente o cavalo se afastou, com a intenção de se aproximar de monte de capim ali proximo, fazendo Meg se desequilibrar e cair em direção a grama. Porém foi segurada pela cintura, a tempo, pelo rei, que a encarava presunçoso. Com apenas uma mão em volta da cintura fina de Melissa, mostrando naquele ato, sua força. Aproveitou o momento e aproximou os lábios dos da jovem, aspirou o cheiro inebriante do perfume floral que ela usava, e fechou os olhos por alguns segundos. Quando os abriu, juntamente com os lábios, sussurrou, mostrando as presas vampiricas crescerem pela excitação mental.
- Não, Melissa. – Ele lambeu os lábios da jovem que afastou a cabeça, assustada, ele riu, sentindo o gosto do batom na boca - Você nunca deve confiar em mim.
Em seguida ele a soltou, fazendo Meg cair diretamente no chão, batendo com força as costas e as nadegas na grama verde, soltou um gemido rouco e o encarou por baixo, sentindo-se completamente humilhada por aquele cafajeste. Ele riu, aproveitando a sensação do que era ver a confiante Melissa, sentada na grama com as pernas levemente abertas, quem sabe assim, ela aprendesse a respeita-lo.
Melissa o fitou inconformada, como se sua mente precisasse de tempo para entender o que ele tinha ousado fazer, suspirou pesadamente, colocando ambas mãos no chão e se erguendo, levou ambas mãos para as nadegas batendo levemente na area para tirar qualquer terra que pudesse ter ficado no lugar, ergueu o olhar verde e encontrou Victor olhando diretamente para si  com um sorisso desdelhoso na face.  Revirou os olhos, visivelmente descontente por aquela atitude infantil e se virou, colocando-se a caminhar, porém, escutou um grunhido que a fez se arrepiar completamente, quando menos notou Victor estava sua frente, os olhos vermelhos... e os dentes pontiagudos... Algo estava errado.
- Quem pensa que é para virar as costas pra mim, “Milady”?
Fora obvio que o Milady soou com extrema ironia.
- Quem você pensa que é para fazer aquilo comigo? Não sou uma das suas prostitutas, Majestade.
- Se fosse, estariamos transando agora.
Meg mal notou quando seus próprios olhos se tornaram vermelhos, sentia o coração disparado e uma leve dor de cabeça, sabia o que era aquilo, puro ódio. Antes que sequer pudesse pensar, sua mão direita já estava na face do rei, dando-lhe um tapa.
Ficou calada, surpresa pelo que acabara de fazer, pelos deuses, agora sim ele ia condena-la para a morte, passou dos limites, sabia disso, mas agora era tarde demais pra qualquer pensamento ou pedido de desculpas. Na verdade, ela não desejava pedir desculpas.
Assim como ela, Victor se manteve quieto, como se não esperasse pelo tapa que ardia em brasa em sua pele, ele respirava rapidamente, quase como um animal, os olhos começaram a se manchar cada vez mais de vermelho sangue, despertou ao escutar os passos de Meg, assustada, se afastando dele. Correu até ela antes que escapasse e a jogou no chão, ficando por cima, dominando-a com sua extrema força e altura, sentiu os socos de Meg em seu torax, mas os ignorou, era ela fraca demais. Colocou a mão em sua boca antes que a garota começasse a gritar, e sabia que se fosse pego dessa maneira por ela, levaria a maior bronca do conselho e ele realmente não estava afim de ouvir aqueles velhos religiosos novamente. Sentiu o seios pequenos dela contra seu corpo, e automaticamente se excitou. Fazendo questão de demonstrar isso a Meg, pressionando sua virilidade na coxa da garota, que a essa altura, chorava lagrimas de sangue, riu alto, agora se divertindo com tudo aquilo, poderia estupra-la se quisesse. E sentir aquele poder em suas mãos era extremamente excitante para Victor. Aproximou os lábios do ouvido dela e disse, astuto:
- Não adianta lutar, será minha esposa, nem que eu tenha que te aconrrenta-la na minha cama todos os dias Melissa. Eu sou o rei, ninguém questiona minhas ordens, muito menos uma garota mimada como você.
Tirou a mão da boca da jovem devagar, observando as lagrimas de sangue mancharem o rosto palido, para a surpresa dele ela não gritou, não mais, só o encarava fixamente, os olhos se tornando verdes lentamente, Victor fechou os olhos, confuso, e sentiu o cheiro de Meg, o perfume floral, e aproximou os lábios a beijando com extrema possessão, buscou a lingua dela na boca pequena sem sucesso, mas não desistiu, e continuou-a beijando, desejando que Melissa retribuisse, ela era tão pura que apenas beija-la parecia o maior dos pecados, seria verdade que a jovem nunca havia beijado um homem? Foi então nesse momento que ele sentiu a mão de Melissa lhe tocar o pescoço devagar, começando a retribuir com timidez, quando ele achava que tudo não podia estar melhor, o cavalo relinchou e se escutou a voz da mãe de Meg, chamando-a. Como despertos de um sonho, ambos se afastaram imediatamente,Victor olhou para os lados, observando a silhueta de Helena dentro de casa, rapidamente se colocou de pé, sem dificuldade, enquanto Meg, completamente em choque, começava a se sentar, ele a encarou por baixo oferecendo sua mão a jovem, que recusou e se ergueu sozinha. Não houve últimas palavras antes de Melissa sair correndo para casa.
 

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